Novidades no MPS 2022.2

O MPS costumava descobrir modelos no momento em que eram registrados em um repositório. Descobrir um modelo em um módulo de projeto regular significava percorrer todo o sistema de arquivos para descobrir arquivos e seus tipos e ler pelo menos as informações de cabeçalho sobre o modelo.

Agora, os módulos não se envolvem mais na descoberta de modelos, a menos que modelos sejam solicitados. Há uma nova API do SModule (SModule.forEachRegisteredModel()) para acessar modelos já conhecidos por um módulo apenas, sem acionar a descoberta ou o carregamento dos modelos. Se você usa clientes da API SModel, especialmente as subclasses SRepositoryContentAdapter, convém adotar a nova API para se beneficiar dessa melhoria.

O MPS agora vem com uma API consistente para criar referências, além de uma apresentação interna atualizada. Essas mudanças visam melhorar o sistema de referência/persistência do modelo, que é esperado em versões futuras. No entanto, a mudança já permite reduzir o armazenamento na memória de qualquer modelo em aproximadamente 5%.

O MPS agora respeita os arquivos jar versionados e expõe classes Java com uma versão que corresponde ao runtime Java real.

Embora o MPS e a Plataforma IntelliJ estivessem usando uma versão simplificada da biblioteca Log4j sem problemas de segurança conhecidos, ambos mudaram o registro em log para o pacote padrão java.util.logging. Uma camada de compatibilidade é implementada (com base em SLF4J) para redirecionar solicitações da API Log4j para uma implementação do Java Util Logging (JUL).

A ação Configurações do Log de Depuração permite configurar níveis DEBUG e TRACE para categorias. Além disso, agora também existe um arquivo de configuração bin/log.properties que usa o conhecido formato de configuração JUL. Ao contrário de log.xml das versões anteriores, esse arquivo de configuração não é lido por padrão, mas os usuários podem solicitar acesso a essa configuração (ou a qualquer outra configuração externa) usando a propriedade do sistema idea.log.config.properties.file.

Scripts de build Ant gerados pelo MPS a partir de declarações lang.build usam tarefas separadas para gerar e compilar fontes (<generate> própria do MPS e <javac> regular do Ant). Agora, há uma nova tarefa <mps.make> que corresponde ao processo Make iniciado a partir do IDE. Ela é responsável pela transição completa de um modelo para código compilado. A tarefa combina geração e compilação de código, o que economiza tempo, pois o MPS precisa de classes compiladas de qualquer maneira para o carregamento das classes do módulo (já que as tarefas <javac> geralmente duplicam os esforços de compilação já concluídos durante <generate>). Ela também torna os builds de linha de comando Ant e o processo Make iniciado a partir do IDE muito mais semelhantes entre si, aumentando assim a confiabilidade do seu processo de build.

Saiba mais

O MPS limita o tempo gasto na parte da transformação M2T (Model-to-Text) para resolver possíveis erros nos aspectos de TextGen. Antes, o limite era codificado. No entanto, ultimamente, alguns modelos grandes têm atingindo o limite, causando uma indesejada exceção de timeout. Agora, há uma configuração de IDE que você pode definir para controlar o tempo limite. O suporte para builds de linha de comando está planejado para versões futuras.

MPS usado para registrar dependências entre classes BaseLanguage geradas no arquivo "dependencies". O compilador Java depende delas para descobrir se classes dependentes da compilação precisam de uma atualização. Porém, quando o arquivo "dependencies" foi alterado na versão 2021.2 para manter dependências de nível superior, não havia mais a necessidade de coletar e armazenar nomes de classes por raiz. Isto ajudou o MPS a melhorar o tempo de TextGen para o código BaseLanguage (já que ele não precisa mais coletar dependências individuais) e o processo de compilação Java (já que ele não precisa mais analisar dependências de arquivos individuais, atribuir dependências de arquivos a módulos e classpath e propagar o estado "dirty").

Um novo arquivo deps.cp agora armazena dependências por módulo, para permitir que o MPS deduza o gráfico de compilação do módulo. O arquivo mantém o estado da transformação, o que o torna "sealed" e personalizado (ele não lista as dependências que não foram utilizadas na transformação). Isso contrasta com o gráfico de dependências coletado em tempo de execução, que é baseado nas dependências reais do módulo.

O MPS não cria mais soluções de runtime/sandbox aninhadas sob um módulo de linguagem. Por padrão, esses módulos seriam irmãos do módulo de linguagem. Renomear o módulo de linguagem "main" ainda reconheceria esses módulos como "related" e os renomearia junto com o módulo "main".

Saiba mais

Para aprimorar a funcionalidade de chaves compostas de rótulos, introduzida em versões anteriores, o MPS é compatível com a manutenção de chaves compostas em modelos de checkpoint.

No lançamento de cada grande atualização, preparamos instruções para migrar a partir de versões mais antigas do MPS, para garantir que tudo corra sem problemas. Por favor, revise-as com cuidado.